Avaliação Final (Discursiva) - Contexto Histórico-Filosófico da Educação - Uniasselvi

1.

Nas últimas décadas, a sociedade brasileira convive com novas perspectivas democráticas, advindas com o fim da ditadura militar. Duas legislações são fundamentais para compreendermos a Educação da Nova República, período que se inicia em 1985 e se estende até o presente: a Constituição e a Lei de Diretrizes e Bases. As leis a respeito da educação estão sendo cumpridas no país? Quais os agentes sociais envolvidos no processo educativo? Esses agentes são os responsáveis por tornar realidade os avanços propostos pelas referidas leis?

Resposta Esperada: As leis indicavam um melhor futuro para a educação brasileira. No entanto, este futuro não se concretizou, vide as avaliações internacionais sobre a qualidade de ensino no Brasil. Pode-se afirmar que as leis do Estado apenas podem ser cumpridas se os agentes responsáveis pelo cumprimento se incumbirem de tal função. Deste modo, a Constituição e a Lei de Diretrizes e Bases apontam a família, o Estado e a escola como os principais agentes responsáveis pela tarefa educacional. Neste sentido, muitas das indicações legais dependem das ações dos pais, professores e dos agentes públicos (políticos) para que venham a ser cumpridas. A democracia, enquanto sistema de governo, é dependente da participação dos cidadãos. Somente com ampla priorização da educação pelos três agentes citados, ela poderá ter uma melhora de qualidade no país.

2.

Platão pode ser considerado como um dos fundadores do pensamento filosófico e seu legado perpassa praticamente todo o pensamento ocidental desde as suas primeiras formulações em suas obras, que hoje são consideradas clássicas. Uma obra central deste pensador é "A República", na qual ele narra uma analogia entre o governo de uma cidade e o governo da alma humana. Nesta obra, Platão, apresenta o famoso Mito da Caverna. Descreva o Mito da Caverna e relacione com uma proposta educacional.

Resposta Esperada: Havia pessoas acorrentadas em uma caverna, estas pessoas sempre estiveram nessa situação, nunca tiveram acesso ao que estaria fora da caverna. Estas pessoas estavam em uma posição na qual só podiam olhar para o fundo da caverna. No fundo da caverna formavam-se sombras, provocadas por objetos que passavam na frente da caverna e que bloqueavam a passagem da luz. Estas pessoas passaram a acreditar que a realidade eram estas sombras. Uma dessas pessoas consegue se libertar dos seus grilhões e sair da caverna. Ao ver a luz do sol, fica temporariamente cego, mas logo começa a ver as coisas que faziam a sombra ao invés das sombras. Ao perceber que a realidade era diferente daquela que ele acreditava anteriormente, volta à caverna para anunciar aos outros acorrentados. No entanto, encontra resistência dos outros para acreditarem no que ele lhes estava ensinando. Podemos aplicar a proposta educacional, em que as sombras são nossas tradições, senso comum, preconceitos, que constituem em diversas etapas de nossas vidas a única realidade que conhecemos. Quando conseguimos nos libertar de nossa situação atual, e nos deixar ficar ?desestabilizados? (cegueira temporal) pela luz da razão, passamos a ver as coisas de uma maneira diferente, nos aproximamos mais da realidade. Entretanto, o papel do educador não é apenas conhecer mais, mas ensinar o que conheceu. E aqui reside o verdadeiro desafio da educação, uma educação que possibilidade a libertação, mas que antes de tudo possibilite que os acorrentados compreendam que eles mesmos podem libertar-se e acender à luz.